segunda-feira, 24 de maio de 2010

No ano seguinte, Eduardo resolveu apostar em um projeto acústico, chamado "No boteco", que trazia apenas regravações dos anos 1990. O acerto foi tamanho que em 2006, o "No boteco 2" apareceu na revista "Época" como um dos 15 discos mais vendidos do país, quando pertencia a pequena gravadora Caravelas.

O mérito foi das rádios. Até essa época, ele nunca havia aparecido em um programa de TV de nível nacional.



Em novembro desse mesmo ano, ele gravou o primeiro DVD, que mostrou sua imagem, que poucos conheciam, e que estourou com a música "Me apaixonei".

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Na época em que você começou a despontar, a onda do sertanejo "universitário" ainda não tinha surgido, mas pouco tempo depois acabou dominando o mercado. Como foi pra se encaixar no meio de toda aquela mudança?

Na verdade eu sempre fiz o que eu gostava. Tem gente que me chama de "sertanejo universitário" só porque eu faço sucesso hoje. O meu negócio sempre foi falar de amor, seja sofrer por amor ou fazer declaração.

Mas você é o único que conseguiu se destacar sem fazer o que chamam de "novo" sertanejo, não é?

Sim, mas isso não foi pensado. Eu acabei pegando o público que todo mundo esqueceu.

Meu público é bem diversificado, de todas as classes sociais, de todas as idades. É o público que gosta do que eu gosto. Eu faço música pra dona de casa, pra desempregado, pra pinguço, modelo, milionário, universitário, analfabeto, biscate. É pra todo mundo que gosta mesmo de música. Eu quero é ter esse público pra sempre.

Quem fez do Roberto Carlos o que ele é hoje? Quem elegeu o Lula? Foi o povo. Não tô me importando se me chamam de novo, velho ou ultrapassado. Olha aí minha agenda e vê nas rádios do Brasil quais artistas estão entre os mais pedidos

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